quinta-feira, 10 de agosto de 2017

CAPITÃO AMÉRICA , IDEAIS EM JOGO


O Capitão América simboliza o desejo de liberdade acima de tudo  e com isso um senso forte de justiça mas  o que pode fazer estes mesmo ideais entrarem em conflito? 

será que a lei é mesmo diferente da justiça?

Liberdade em primeiro lugar





Capitão América/Steve Rogers
 foi criado pelos artistas Joe Simon e Jack Kirby, teve sua primeira aparição em "Capitain America Comics #1" em 1941 pela Timely Comics (antes de ser Marvel). 
Como o nome já diz, foi concebido para ser um símbolo patriótico e em suas histórias lutava sempre contra os nazistas.



Foi bastante popular na época da II guerra mundial, depois disso veio ao fracasso até se reerguer em 1964, liderando os Vingadores em Avengers #4.


Como dito, este personagem foi criado exclusivamente para fins políticos, levando a rejeição de alguns fãs de quadrinhos, por representar um sistema que na opinião de muitos se julga acima dos  cidadãos de outros países. 


Porém ao analisarmos muito bem a personalidade dele e suas atitudes, vemos um soldado que quando se vê em uma situação onde ele julga injusta é o primeiro a ser  o insubordinado.


Antes de se tornar  um super-soldado, só tinha vontade de servir seu país para o bem da justiça.
Em: Capitão América: O Primeiro Vingador, o Dr. Erskine pergunta-o : 
Então o senhor está interessado em matar nazistas? e a resposta: “Eu não estou interessado em matar ninguém, só não gosto de gente que se põe acima dos outros”. 

Acima de tudo seja um homem bom.


Essa passagem significa que por mais que ele não soubesse como fazer isso, reinava sua vontade de fazer alguma coisa e se viu ajudando as tropas militares. 


O que dizer dessa cena que ele se joga na granada 
sem  pensar duas vezes

Portanto, depois de sua experiência com o Sorum, se viu em uma situação completamente diferente que queria, estava sendo atração de circo, não se aceitou nesta condição e  uma vez não tendo um bom treinamento militar, sem ordens e sem tropas, fez o que devia ser feito. 




É a prova que Rogers só estava no exército pela sua ingenuidade de achar que dessa forma faria o que é certo, quando se deparou com um sistema que só podia cuidar do próprio sistema.


 Em Capitão América: O Soldado Invernal, Nick Fury mostra-o um projeto para monitorar todas as pessoas em tempo real para evitar possíveis atos de terrorismo.




 Quando o Capitão viu tudo isso, não aceita de forma alguma dizendo: “Isso não é proteção, isso é medo”, e depois que Fury o diz que já está na hora de se adaptar ao programa, ele retruca: “Espere sentado”. 

"o que nos faz ser diferentes é a confiança uns nos outros"





Ou seja, temos aqui um soldado que está contra os métodos dos seus superiores. 




Sabemos que o sistema americano possui sistema de espionagem para observar seus cidadãos, eles podem dizer que é proteção mas na prática não é, portanto o símbolo patriótico está contra seu sistema pois descobriu que o sistema só pode tomar conta de seu próprio sistema, e isso não tem nada a ver com seu ideal de liberdade para todos, o sistema é egoísta, o importante é a segurança do sistema.


No fim das contas, a  Hydra se revelando por debaixo 
dos panos da Shield é um exemplo de uma grande conspiração 
que não foge muito da realidade, 
que no caso é a S.H.I.E.L.D 
que uma assimilação a nossa realidade podemos muito
bem converter a 
CIA, FBI, ou qualquer outro órgão,
que o entendimento real destas situações
parecerão bastante reais. 



 
Capitão América, acaba sendo apenas um nome, pois seu ideal é a liberdade dos seres humanos, e um símbolo de integridade e convicção que nós podemos usar em nossas vidas.

O sorum é só um detalhe em relação a sua moral 
ele é O Super Soldado.



O máximo de seu caráter é retratado finalmente em Capitão América: Guerra Civil, pois mais uma vez se vê sendo manipulado, pois o governo impõe um programa onde os indivíduos que vêm agindo por conta própria em prol de justiça assinem um termo que dá poder ao governo sobre o ‘vigilante’.
 Portanto não cabe mais ao indivíduo discernir onde e quando deve agir, Steve Rogers recusa o programa pois isso tira a liberdade, pois está explícito que o herói faz o que deve ser feito e não espera burocracias estatais enquanto vidas estão em jogo.








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nas HQs se trata de uma saga, um conflito muito maior que no filme,
mas o importante é a lição aqui.





No contraponto Rogers está também atrás de justiça, mas no seu sentido mais essencial e não apenas na punição e sim no entendimento no porque que o crime foi feito, isso é bem retratado quando Stark  descobre que foi Buck Barnes que matou seus pais, e parte para a vingança pois juga ser justo tal atitude. 


Capitão, neste momento protege Buck, não porque ele é seu parceiro mas porque ele sabe o real motivo dele ter feito aquilo, que é a lavagem cerebral da Hydra.











O grande confronto ocorre quando Tony Stark (Homem de Ferro) adere ao programa, para ele, a
 justiça  se baseia em ordem, punição e vigília, tudo que um magnata industrial quer para sua vida, proteção está acima da liberdade de acordo com as atitudes de Stark. 




No fim da luta entre os dois, há uma cena emblemática, em que Natasha R. ou a Viu-Negra,diz: “Tecnicamente este escudo, é do governo...” para o Capitão ele sente correto em relação ao governo, e não larga o escudo. NO desfecho final, seguida Stark diz: “Este escudo é do meu pai, devolve.” Significa que ali não havia estado ou governo envolvido e então ele o larga.


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Podemos crescer bastante observando suas atitudes para com o que é certo, em um trecho deste mesmo, há uma conversa entre Rogers e Stark: “quando vejo que uma coisa não vai dar certo não consigo ficar parado, gostaria de conseguir”, Stark: “Não gostaria não”. E Rogers afirma: “É, não gostaria”.





Quantas vezes você viu alguma coisa errada acontecendo e ficou apenas olhando? Mesmo aparentando ser irrelevante, como alguém jogando lixo na rua, ou uma ultrapassagem de sinal. 




Os recursos de argumentação para os filmes de heróis nunca estiveram tão fáceis, pois estão simplesmente acontecendo, vemos conflitos de ideologias nos filmes e no noticiário a mesma situação política, neste mesmo ano (2016) saiu uma capa da revista ISTOÉ, que mostrava a presidenta Dilma Rousseff e Michel Temer na mesma posição do cartaz deste filme, isto faz nos questionar se é a realidade que faz a ficção ou o contrário.




Mesmo sendo um símbolo militar, ele se mostra completamente independente das forças armadas, e mesmo assim bastante respeitado, portanto é mais uma lição, que para sermos respeitados primeiro respeitar a nós mesmos, dando valor ao que sentimos.


E quando ele não está de acordo, simplesmente 
se retira, e sabemos no que dá.



Capitão América poderia ser um ideal para todos nós, inclusive aqueles que estão na força tarefa de segurança, ele é a personificação do real “Servir e proteger”, afinal, sua ‘arma’, é um escudo.

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Caio Elil.

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